Estou lendo o livro "Modernização Reflexiva", que conta com a colaboração de Anthony Giddens, Ulrich Beck e Scot Lash. O nome da obra pode induzir à uma compreensão indevida do termo "reflexivo". Segundo Beck, o conceito não implica (como pode sugerir o adjetivo "reflexivo") reflexão, mas (antes) autoconfrontação.
Sendo assim, "modernização reflexiva" significaria autoconfrontação com os efeitos da sociedade de risco que não podem ser tratados e assimilados no sistema da sociedade industrial.
Mas, pra falar a verdade, uma passagem que me chamou muito a atenção, no escrito de Beck, refere-se à questão das novas formas de (re)construção da política e o papel das instituições tradicionais. Vejamos a passagem da pág. 43:
Primeiro, as pessoas devem dizer adeus à noção de que as administrações e os especialistas sempre sabem exatamente, ou pelo menos melhor, o que é o certo e o bom para todos: desmonopolização da especialização.
Segundo, o círculo de grupos com permissão de participar não pode continuar fechado em razão de considerações internas aos especialistas, mas, ao contrário, deve estar aberto de acordo com padrões i sociais i de importância: informalização da jurisdição.
Terceiro, todos os participantes devem estar conscientes de que as decisões ainda não foram tomadas e agora precisam apenas ser "vendidas" ou implementardas externamente: abertura da estrutura da tomada de decisão.
Quarto, a negociação a portas fechadas entre os especialistas e aqueles que tomam decisões deve ser transferida para - e transformada em - um diálogo entre a mais ampla variedade de agentes, tendo como resultado um descontrole adicional: a criação de um público parcial.
Quinto, as normas para este processo - modos de discussão, protocolos, debates, avaliações de entrevistas, formas de votação e aprovação - devem ser resolvidas de comum acordo e sancionadas: autolegislação e auto-obrigação.
As instituições de negociação e mediação deste tipo devem experimentar procedimentos novos, estruturas de tomada de decisão, sobreposições de competência e incompetência e jurisdições múltiplas. Elas não podem mais existir sem a destruição dos monopólios e da delegação do poder, como também não poderiam fazê-lo com as velhas exigências com os modelos de não-ambigüidade eficiente.
...
Os fóruns de negociação certamente não são máquinas de produção de consenso com garantia de sucesso. ... Entretanto, podem estimular a prevenção e a precaução e atuar rumo a uma simetria de sacrifícios inevitáveis.
Sendo assim, "modernização reflexiva" significaria autoconfrontação com os efeitos da sociedade de risco que não podem ser tratados e assimilados no sistema da sociedade industrial.
Mas, pra falar a verdade, uma passagem que me chamou muito a atenção, no escrito de Beck, refere-se à questão das novas formas de (re)construção da política e o papel das instituições tradicionais. Vejamos a passagem da pág. 43:
Primeiro, as pessoas devem dizer adeus à noção de que as administrações e os especialistas sempre sabem exatamente, ou pelo menos melhor, o que é o certo e o bom para todos: desmonopolização da especialização.
Segundo, o círculo de grupos com permissão de participar não pode continuar fechado em razão de considerações internas aos especialistas, mas, ao contrário, deve estar aberto de acordo com padrões i sociais i de importância: informalização da jurisdição.
Terceiro, todos os participantes devem estar conscientes de que as decisões ainda não foram tomadas e agora precisam apenas ser "vendidas" ou implementardas externamente: abertura da estrutura da tomada de decisão.
Quarto, a negociação a portas fechadas entre os especialistas e aqueles que tomam decisões deve ser transferida para - e transformada em - um diálogo entre a mais ampla variedade de agentes, tendo como resultado um descontrole adicional: a criação de um público parcial.
Quinto, as normas para este processo - modos de discussão, protocolos, debates, avaliações de entrevistas, formas de votação e aprovação - devem ser resolvidas de comum acordo e sancionadas: autolegislação e auto-obrigação.
As instituições de negociação e mediação deste tipo devem experimentar procedimentos novos, estruturas de tomada de decisão, sobreposições de competência e incompetência e jurisdições múltiplas. Elas não podem mais existir sem a destruição dos monopólios e da delegação do poder, como também não poderiam fazê-lo com as velhas exigências com os modelos de não-ambigüidade eficiente.
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Os fóruns de negociação certamente não são máquinas de produção de consenso com garantia de sucesso. ... Entretanto, podem estimular a prevenção e a precaução e atuar rumo a uma simetria de sacrifícios inevitáveis.
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